A pandemia do coronavírus impactou e surpreendeu toda a população mundial. Mais de dois anos se passaram desde as primeiras contaminações, mas ainda assim, muitas informações sobre a doença seguem sendo estudadas e atualizadas. Pesquisas apontam que, desde o início da pandemia, 15% dos casos de COVID-19 foram categorizados como graves e 5%, como extremamente graves. A gravidade do contágio deixou vestígios em muitas pessoas. Porém, as sequelas pós-COVID-19 são muitas e podem, inclusive, originar novas doenças e complicações. Venha com a tudobem e entenda mais sobre esse assunto tão atual e importante.
Pós-COVID-19 e suas sequelas
Apesar de agredir especialmente o nosso sistema respiratório, outras partes do corpo também podem sofrer complicações no pós-COVID-19. Sequelas cardíacas, neurológicas e até psicológicas já foram detectadas, especialmente em pacientes que foram acometidos por casos altamente críticos.
Na maioria dos casos, as células e sistemas do nosso organismo são afetados devido à ação hiperinflamatória viral. Por isso, é muito importante saber identificar essas alterações para buscar o devido tratamento.
Sequelas pulmonares: após o contágio, muitos pacientes permanecem sentindo cansaço e certa dificuldade para respirar. Em casos mais avançados, a fibrose pulmonar acaba sendo a principal sequela. As lesões geradas pelo vírus criam edemas no pulmão. Aos poucos, o órgão cicatriza, gerando tecido fibroso que compromete o funcionamento do pulmão e a oxigenação do sangue.
Sequelas cardíacas: pacientes com quadros graves e comorbidades registraram lesões miocárdicas, fibrose cardíaca, arritmias e redução nas funções do coração. A medicina segue investigando de que forma o vírus afeta esse importante órgão.
Sequelas neurológicas: em se tratando do sistema neurológico, a hiperinflamação causada pelo COVID-19 apresentou, em longo prazo, um declínio cognitivo em muitos pacientes. Danos no sistema nervoso central e periférico, perda de memória, psicose e dificuldade de concentração foram relatados.
Sequelas psicológicas: o contágio também aumenta a possibilidade de o paciente desenvolver ansiedade, depressão, alterações de humor e estresse pós-traumático. Parte disso está relacionado ao isolamento social e restrições vivenciadas nos últimos anos.
Sintomas como cansaço excessivo, fraqueza, dor muscular, tosse ou perda do olfato/paladar são as sequelas mais comuns após a infecção, que podem permanecer por mais de 12 semanas, mesmo depois que a pessoa é considerada curada. No entanto, existem sequelas que envolvem outros órgãos do corpo e que estão sendo relatadas, como:
- Dores de cabeça persistentes;
- Alterações no paladar;
- Dores nos nervos;
- Distúrbio da coagulação sanguínea;
- Queda de cabelo;
- Reações alérgicas;
- Tosse constante.
Grande parte das consequências ocorre por conta do processo inflamatório exacerbado desencadeado pelo coronavírus, além de piora nos pulmões e rins e seus sintomas, bem como a própria internação e seus impactos, como na mobilidade e na circulação. Por isso, pode ser necessária reabilitação específica para uma recuperação total. Cientistas continuam investigando possíveis sequelas permanentes, por outro lado, a maior parte dos quadros pode ser resolvida com ajuda médica. Recuperados da doença devem ficar atentos às suas condições gerais de saúde, a incômodos e sintomas intensos e prolongados, e o cuidado pós-alta é essencial para a recuperação desejada.
A importância do acompanhamento médico
Muitas pessoas que tiveram COVID-19 podem estar convivendo com desconfortos e limitações, mesmo após a recuperação. Ao longo do tempo, as sequelas pós-COVID-19 tendem a sumir, mas podem também se agravar. Um check-up médico e a realização de exames específicos são recomendados para todos aqueles que foram diagnosticados com COVID-19.
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