O número de casos de transtornos alimentares na adolescência cresceu significativamente nos últimos anos. Eles estão ligados a fatores genéticos, neurológicos e psicossociais, segundo especialistas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que cerca de 10% dos adolescentes por todo mundo são afetados por distúrbios alimentares. Você sabe o que é um transtorno alimentar? A verdade é que existem mais questões relacionadas à alimentação do que as pessoas costumam saber, o que pode gerar desinformação e muito preconceito. Pensando nesse cenário que atinge tantas pessoas, a tudobem elaborou um artigo para esclarecer e informar sobre os transtornos alimentares. Continue a leitura e saiba mais!
Conhecendo os transtornos alimentares
Para começar vamos falar um pouco sobre o que é um transtorno alimentar. Os transtornos alimentares ou também conhecidos como distúrbios alimentares, são condições graves relacionadas a comportamentos alimentares persistentes que afetam negativamente a saúde física e mental.
A maioria dos transtornos alimentares envolve o foco excessivo no peso e nos alimentos, levando a comportamentos alimentares perigosos para a saúde. Esses comportamentos podem afetar significativamente a capacidade do corpo de obter nutrição adequada, prejudicando o coração, o sistema digestivo, os ossos, os dentes e a boca e ainda levar a outras doenças.
Na maioria dos casos, os distúrbios alimentares se desenvolvem na adolescência e na idade adulta jovem, embora possam se desenvolver em outras idades.
Entre os transtornos reconhecidos temos a anorexia, bulimia, transtorno de compulsão alimentar, hipergafia, ortorexia, síndrome de pica (alotriofagia), transtorno da compulsão alimentar periódica (TPAC) e vigorexia. Os mais comuns, conhecidos como a tríade clássica dos transtornos são anorexia, bulimia e o transtorno alimentar compulsório.
Anorexia
A anorexia tem como característica principal a distorção da própria imagem. Nela a pessoa costuma se enxergar muito acima do peso. Por isso passa a tomar atitudes arriscadas, como dietas excessivamente restritivas e abuso de exercícios físicos. Junto à compulsão alimentar e à bulimia, costuma fazer parte de uma tríade muito vista nos consultórios. A perda de peso ocasionada pelo distúrbio é perigosa, podendo causar enfraquecimento dos músculos e ossos, quadros de baixa imunidade, interrupção da menstruação nas mulheres, arritmia cardíaca e até mesmo convulsões.
Seus principais sintomas são: emagrecimento excessivo, falta de apetite, grande preocupação com dietas, restrição alimentar (principalmente em quantidade), medo de engordar e uso de truques para mostrar que já comeu, quando na realidade não fez isso.
Transtorno alimentar compulsivo
O transtorno alimentar compulsivo, popularmente conhecido como compulsão alimentar, é caracterizado pelo exagero, e apesar de poucos saberem, é o transtorno alimentar mais frequente entre as pessoas. Uma pessoa ingere uma grande quantidade de comida, variando entre 4 mil a 15 mil calorias em um curto espaço de tempo. Os possíveis gatilhos podem ser a ansiedade e o estresse. Além disso, de acordo com estudos, portadores deste transtorno podem até mesmo desenvolver obesidade. Vale lembrar ainda que episódios isolados não devem ser motivo para preocupações. Exagerar uma vez não é sinônimo desta doença.
Entre os seus sintomas temos: alimentar-se muito rápido, comer mesmo sem fome ou depois de sentir-se satisfeito, fazer refeições escondido, acordar à noite para comer e ainda ter sentimento de tristeza ou culpa depois de comer muito.
Bulimia
A bulimia é um dos transtornos mais conhecidos, e é caracterizada por um episódio de compulsão alimentar, seguido por maneiras de evitar o ganho de peso. Assim, é comum que a pessoa force a alimentação para fora do corpo por meio de vômitos provocados e a utilização de medicamentos. Existe também, a bulimia restritiva, em que a pessoa passa por grandes períodos de jejum e executa exercícios físicos excessivamente. Estes métodos são utilizados sem a consciência de familiares e amigos.
Um dos principais sintomas da bulimia é o sentimento de culpa ao comer e a partir desse sentimento a pessoa sente a necessidade de externalizar essa culpa por meio do vômito, do uso de laxantes e até mesmo praticar exercícios físicos exageradamente.
Qual o melhor tratamento para os transtornos alimentares?
O tratamento para casos de transtornos alimentares envolve uma equipe multidisciplinar com médicos, endocrinologistas, nutrólogos, psicólogos e nutricionistas. É necessário muitas vezes remédio para melhorar a saúde mental, assim como terapia e seguimento de nutrição comportamental para melhorar a relação com a comida. O acompanhamento familiar também é essencial. Os pais e familiares devem organizar e acompanhar as refeições de acordo com a orientação da equipe, evitar atitudes compensatórias para perda de peso. É preciso muita paciência, compreensão e cuidado para ajudar a pessoa que está passando por essa situação. Os parentes precisam entender que não é uma opção da pessoa e sim uma doença.
Procure ajuda!
Se você chegou aqui e se identificou ou lembrou de algum conhecido que apresente comportamentos que caracterizam os distúrbios alimentares citados acima, procure ajuda. O primeiro grande passo para a cura é reconhecer a necessidade de um tratamento, o segundo é buscar ajuda de um profissional que possa ajudá-lo a compreender os gatilhos que levam à distorção de imagem e a dificuldade de manter uma dieta equilibrada e saudável. Transtornos alimentares não são brincadeira, e requerem seriedade na etapa de cuidados. A tudobem conta com uma equipe multidisciplinar pronta para atender e ajudar você a ter mais bem-estar físico e emocional. Acesse o nosso site e agende uma consulta a preços muito mais acessíveis.