O vitiligo é uma doença muito comum, atinge de 1% a 2% da população mundial e 0,5% da população brasileira (dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD). Mesmo com uma incidência relevante, ele ainda é um tema pouco abordado, aumentando as dúvidas, mitos e até mesmo o preconceito sobre a enfermidade. Por conta disso, nós, da tudobem, iremos desmistificar as concepções sobre o vitiligo com um “mitos x verdades” e esclarecer questões que surgem frequentemente sobre o assunto. Quer aprender um pouco mais? Então, é só continuar a leitura!
O que é o vitiligo?
A doença vitiligo é a destruição adquirida dos melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, o pigmento que dá cor à pele), resultando em manchas brancas. As lesões são geralmente simétricas e bilaterais, e podem evoluir para diferentes áreas do corpo, como dedos, cotovelos, punhos, axilas, joelhos, pernas e ao redor dos olhos, nariz e boca. O vitiligo pode ser classificado de 2 maneiras:
Unilateral: localizado em apenas uma parte do corpo. Costuma acontecer antes de o paciente alcançar a fase adulta e pode surgir em lugares como o rosto e até mesmo nos cabelos, influenciando na perda da coloração dos fios.
Bilateral: acomete ambas as partes do corpo – como as duas mãos, dois joelhos, dois pés. No início, as manchas brancas costumam surgir nas extremidades e todo esse processo ocorre ao longo da vida e se agrava com o tempo.
Quais são as causas da doença vitiligo?
Embora ainda não exista uma causa específica, acredita-se que o vitiligo está associado a fatores genéticos, ambientais e imunológicos, sendo os principais:
- Alterações autoimunes, em que o próprio sistema imunológico ataca os melanócitos;
- Doenças hereditárias que passam de pais para filhos;
- Lesões na pele, como queimaduras ou exposição a substâncias químicas;
Além disso, algumas pessoas podem desencadear a doença ou apresentar piora das lesões após período de estresse ou trauma emocional.
Mitos e verdades sobre a doença vitiligo
Existe predisposição genética para ter vitiligo? Verdade!
Mas, apesar do fator genético, não significa que seja hereditário: há pessoas comvitiligoque não têm parentes portando adoença. Pode haver uma mutação nos genes da própria pessoa, e não obrigatoriamente ela passará isso para as próximas gerações.
Geralmente, esta condição acontece igualmente entre homens e mulheres, sendo que 50% dos casos surgem antes mesmo dos 20 anos de idade.
O vitiligo é contagioso? Mito!
Ao contrário do que muitos acham, o vitiligo não é contagioso e não é causado por estresse. Como dissemos acima, essa condição pode ser desencadeada em quem tem predisposição genética, apenas.
O vitiligo pode causar predisposição ao câncer de pele? Verdade!
Como a pele de quem tem vitiligo é mais sensível, o portador pode sim desenvolver um caso de câncer de pele. Por isso, é importante fazer o acompanhamento com um dermatologista e usar protetor solar diariamente, em todo o corpo.
Existe prevenção para o vitiligo? Mito!
Como as causas não são totalmente conhecidas, não é possível prevenir o vitiligo. O que se orienta é que pessoas que tenham parentes com a doença, estejam sempre atentas ao surgimento de manchas.
O vitiligo tem cura? Mito!
Infelizmente, o vitiligo não tem cura. Mas já existem tratamentos que podem auxiliar o paciente a conviver com as manchas na pele de forma mais saudável, evitando futuras complicações e problemas de autoestima.
O vitiligo causa alguma complicação ao portador? Verdade!
Existe uma chance maior de queimaduras solares e o portador de vitiligo pode estar predisposto a ter distúrbios autoimunes, como o lúpus.
O vitiligo é causado por fatores emocionais? Mito!
Vitiligo emocional não existe, mas o vitiligo e estresse estão sim relacionados. Traumas físicos e emocionais podem estimular o aparecimento das manchas ou agravar as manchas existentes.
Quem tem vitiligo pode fazer tatuagem? Mito!
Não é recomendado que pessoas com vitiligo façam tatuagens por cima das manchas. Por terem uma pele mais sensível, ela pode reagir de diferentes formas. Além disso, as escoriações provocadas pela tatuagem podem causar problemas, como o fenômeno de Koebner.
Como vimos, diferentemente do que muitos acreditam, o vitiligo não é contagioso e não traz malefícios à saúde de seu portador. O que precisa ser feito é deixar o preconceito de lado, trabalhar a autoaceitação (caso tenha o vitiligo) e sempre procurar a orientação de um especialista. O médico dermatologista é o profissional ideal para avaliar a saúde da sua pele e, assim, indicar o melhor tratamento para o seu quadro. Conte com a tudobem para cuidar da sua saúde, agenda a sua consulta e exames: https://ficatudobem.com.br/
